O MUNDO PEDE SOCORRO
O ano de 2010 já começou marcado por tragédias.
Logo no primeiro dia do ano, a chuva matou dezenas de pessoas, como vimos em Angra dos Reis. No decorrer dos dias do mês de janeiro, mais chuva e mortes, mais deslizamentos de terra e pessoas desabrigadas.
No Haiti, um terremoto devastador que matou milhares de pessoas, deixou várias outras desabrigadas, fora as que ainda se encontram desaparecidas.
As buscas continuam e vidas estão sendo salvas, outras perdidas. A fome assola a população que briga entre si por um pouco de alimento e água. Sem ter pra onde ir, ficam no meio da rua, com riscos de novos tremores de terra e mais destruição. As autoridades mundiais estão enviando ao país dinheiro e comida, além de militares e outros tipos de ajuda. Mas não é o suficiente. O caos se instalou no país. Uma terra já marcada pela pobreza, a maior da América, agora sofre com tudo isso...
No Brasil, a chuva está matando e desabrigando várias pessoas. Em algumas cidades do interior, a enchente derrubou prédios históricos, deixou centenas de pessoas sem um teto, além da escassez de água, falta de luz elétrica e telefone. Na capital paulista, o lixo jogado nas ruas, nos rios, córregos, etc., ocasionaram em alagamentos, mortes e mais pessoas desabrigadas; Na zona sul da cidade o caos se instalou, a população que vive no bairro Grajaú, por exemplo, formaram barricadas na avenida principal, queimaram ônibus e pneus, na tentativa de chamar a atenção das autoridades em forma de protesto. Infelizmente, o fizeram de forma absurdamente errada, pois, além de serem moradores de uma área manancial, e terem suas casas e/ou barracos construídos na beira de um pequeno córrego que passa pelo local, ainda usam um terreno baldio para despejarem lixo doméstico e até móveis velhos, que, na chegada da chuva, caem no córrego. Até então, este nunca subiu ao ponto de alagar, mas pra tudo tem uma primeira vez. E a população revoltou-se.
Em vista de tudo isso, resolvi deixar meu comentário, pois o mundo pede socorro. Entretanto, ao analisar tais fatos, o único com o qual fico realmente chocada é o do Haiti, pois a população é realmente pobre e precisa de uma ajuda maior. Quanto ao último caso citado acima deixo em segundo plano, não por ser no Brasil, nem por morar em um local onde não acontecem alagamentos, até porque o bairro que citei, é próximo ao meu, moro ao fim da mesma avenida. O que quero dizer é que a causa do alagamento pela cidade de São Paulo, é em decorrer da irresponsabilidade da própria população! Se as pessoas tivessem um pingo de consciência, não jogassem lixo e quaisquer outros dejetos no meio em que vivem, nada disso ocorreria; Se as indústrias não jogassem seu lixo tóxico no rio, ele não encheria e portanto, quando chovesse, não transbordaria; E, se, as pessoas respeitassem áreas de mananciais, não construindo casas e barracos nas encostas, não haveria enchente, nem ruínas de seus lares. Mas aí, caro leitor, você pergunta: ‘Mas essas pessoas não são pobres, não tendo pra onde ir?’, e eu lhe respondo: na região do Grajaú, na Avenida Dna. Belmira Marin – onde ocorreu o manifesto imprudente -, a Prefeitura indenizou todas as pessoas que possuíam ou ainda possuem casas na área próxima ao córrego, áreas de risco e também as invadidas, no entanto, muitas dessas pessoas ainda continuam lá. Agora me responda, isso é ou não imprudência e falta de vergonha? Portanto, temos que nos preocupar com quem realmente necessita. Tudo bem que pessoas estão morrendo aqui, mas é por culpa nossa mesmo, é por culpa do lixo jogado na rua, das construções em locais de risco... Enquanto que no Haiti, foi um ‘reclame’ da própria natureza. Além do fato de que o país está em um local onde tais eventos acontecem.
Mesmo assim, a situação é alarmante em todo o mundo. O mundo está em risco. O ser humano está em risco. E a natureza apenas está tentando tomar o que é seu por direito. O que pensamos serem tragédias é, na verdade, a natureza tentando se normalizar. Afinal, somos nós os intrusos aqui. Esse é o maior defeito de nós humanos, querendo controlar a natureza sendo que, sequer, podemos controlar nossos próprios atos, e manter a sobrevivência da nossa própria espécie.
Desculpem-me por tais palavras, mas é o que penso.
Abaixo, algumas fotos do acontecido no Haiti:
Sem mais,
Laura Ribeiro.
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